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Ritmo acelerado: sífilis aumenta e se torna mais grave entre gestantes no Brasil 

Falta de diagnóstico e da sorologia no pré-natal pode causar aborto, má-formação e sequela

Por: Redação PatosJá

Fonte: Agência Brasil - Lorena Teixeira

Publicado em: 17:07 15-12-2025

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Falta de diagnóstico e da sorologia no pré-natal pode causar aborto, má-formação e sequela

O Ministério da Saúde divulgou que, em outubro deste ano, o número de sífilis cresceu no Brasil. Segundo o órgão, o país registrou 810.246 casos apenas em gestantes. O avanço de transmissão vertical, quando passa da mãe para o bebê, alcançou 35,4 por mil nascidos vivos em 2024. 

Atualmente, o principal exame para identificar a sífilis por meio do sangue é o VDRL, que possui a vantagem de indicar a infecção e acompanhar a resposta ao tratamento. Uma outra opção é o treponêmico, que é mais específico, mas não indica infecção ativa por si só. 

Vale destacar que a falta de diagnóstico e da sorologia no pré-natal pode resultar na sífilis congênita, podendo causar aborto, parto prematuro, má-formação fetal e sequelas graves como surdez, cegueira e deficiência mental, mesmo que o bebê pareça saudável ao nascer. 

Infecção 

Mulheres entre 15 e 25 anos são as mais infectadas por sífilis e HIV no Brasil. Os sintomas variam entre ferida indolor (nos órgãos genitais, boca, ânus, manchas no corpo), febre, queda de cabelo e mal-estar. Em casos mais graves, há problemas cardíacos e neurológicos.

Assim como as mulheres grávidas, das quais 80% não têm sintoma da doença durante a gestação, atualmente, os homens também têm prevalência da doença assintomática. Doenças não tratadas podem acumular riscos e aumentar casos de transmissão sexual. 

O principal tratamento é a injeção de Benzetacil, disponível de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As doses variam com o estágio da doença: primária, secundária, latente e terciária. Após o tratamento, o paciente precisa realizar exames de controle.
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